Pimpilim observava de longe pai e filho trabalhando juntos, terminando de consertar uns sapatos a serem entregues. Na verdade, Pedrinho parara de trabalhar para observar o seu pai, o que intrigava Pimpilim.
Pedrinho não gostava daquele trabalho e ficava se perguntando se não haveria algum outro ofício que pudesse lhe trazer um algo a mais além de dinheiro. Concluiu que, definitivamente, desejava trilhar um outro caminho. Não sabia exatamente o quê, mas ele sentia pulsar cada vez mais forte no peito um desejo de fazer algo diferente, maior, não em termos financeiros, mas em importância. Mas o quê? - ele se perguntava. Estava começando a pensar numa outra coisa importante quando viu Pimpilim à distância. Decidiu se juntar a ele.
- Pimpilim, estava olhando papai e algumas coisas vieram à minha cabeça. Tive tempo para observar as muitas rugas em seu rosto, marcas de uma vida difícil. E eu percebi como ele gosta do que faz, tão concentrado se encontra consertando o sapato – parece um artista dando o retoque final numa obra de arte. É bonito ver como ele faz o seu trabalho com amor e devoção...
Antes que Pimpilim pudesse responder, Pedrinho parou abruptamente de falar e olhou fixamente para Pimpilim, pois uma palavra ecoava agora em sua mente.
- Pimpilim, lembra-se da nossa conversa sobre amor? Eu sei que amo papai, mas acho que nunca conseguirei dizer isso a ele...
Um onda de amor pelo seu amiguinho invadiu o peito de Pimpilim. Aquele menino era mesmo muito especial para ele!
- Pedrinho, talvez você se pergunte onde o amor se encaixa na sua relação com o seu pai... É claro que o sentimento existe, mas devido às mazelas do dia-a-dia, ele acaba por ficar em segundo plano, esquecido num canto. Além disso, falar certas coisas às vezes é muito difícil.
- Mas como poderei mostrar a ele o que sinto se não consigo falar sobre isso? Será que conseguirei um dia?
- Bem Pedrinho, acredito que, quando desejamos algo com fervor, então um dia o desejo se manifestará. Mas enquanto isto não acontece, mostre a ele através de gestos e atitudes o que sente.
- Como assim? Consertando mais sapatos do que o de costume?
- Não, Pedrinho. Escreva vez por outra um bilhete ao invés de falar pessoalmente o que deseja, sempre terminando o bilhete com uma palavra de carinho; dê um abraço fraternal no seu pai de vez em quando ou mesmo um beijo em seu rosto; faça algo, um singelo presente, e dê a ele; dê um conselho amigo; seja útil... Coisas simples, mas que possuem um grande significado. E pode apostar que ele entenderá a mensagem.
Um turbilhão de ideias brotavam na mente de Pedrinho agora, pois poderia botar a criatividade para funcionar como alternativa para praticar o amor não verbalizado, o que aliás poderia ser estendido até para a sua mãe e irmãos...
Foi então que Pedrinho se deu conta de que o exercício do amor começa mesmo em casa, com os que nos são mais queridos.
Como não havia conseguido enxergar isto antes?
Pedrinho não gostava daquele trabalho e ficava se perguntando se não haveria algum outro ofício que pudesse lhe trazer um algo a mais além de dinheiro. Concluiu que, definitivamente, desejava trilhar um outro caminho. Não sabia exatamente o quê, mas ele sentia pulsar cada vez mais forte no peito um desejo de fazer algo diferente, maior, não em termos financeiros, mas em importância. Mas o quê? - ele se perguntava. Estava começando a pensar numa outra coisa importante quando viu Pimpilim à distância. Decidiu se juntar a ele.
- Pimpilim, estava olhando papai e algumas coisas vieram à minha cabeça. Tive tempo para observar as muitas rugas em seu rosto, marcas de uma vida difícil. E eu percebi como ele gosta do que faz, tão concentrado se encontra consertando o sapato – parece um artista dando o retoque final numa obra de arte. É bonito ver como ele faz o seu trabalho com amor e devoção...
Antes que Pimpilim pudesse responder, Pedrinho parou abruptamente de falar e olhou fixamente para Pimpilim, pois uma palavra ecoava agora em sua mente.
- Pimpilim, lembra-se da nossa conversa sobre amor? Eu sei que amo papai, mas acho que nunca conseguirei dizer isso a ele...
Um onda de amor pelo seu amiguinho invadiu o peito de Pimpilim. Aquele menino era mesmo muito especial para ele!
- Pedrinho, talvez você se pergunte onde o amor se encaixa na sua relação com o seu pai... É claro que o sentimento existe, mas devido às mazelas do dia-a-dia, ele acaba por ficar em segundo plano, esquecido num canto. Além disso, falar certas coisas às vezes é muito difícil.
- Mas como poderei mostrar a ele o que sinto se não consigo falar sobre isso? Será que conseguirei um dia?
- Bem Pedrinho, acredito que, quando desejamos algo com fervor, então um dia o desejo se manifestará. Mas enquanto isto não acontece, mostre a ele através de gestos e atitudes o que sente.
- Como assim? Consertando mais sapatos do que o de costume?
- Não, Pedrinho. Escreva vez por outra um bilhete ao invés de falar pessoalmente o que deseja, sempre terminando o bilhete com uma palavra de carinho; dê um abraço fraternal no seu pai de vez em quando ou mesmo um beijo em seu rosto; faça algo, um singelo presente, e dê a ele; dê um conselho amigo; seja útil... Coisas simples, mas que possuem um grande significado. E pode apostar que ele entenderá a mensagem.
Um turbilhão de ideias brotavam na mente de Pedrinho agora, pois poderia botar a criatividade para funcionar como alternativa para praticar o amor não verbalizado, o que aliás poderia ser estendido até para a sua mãe e irmãos...
Foi então que Pedrinho se deu conta de que o exercício do amor começa mesmo em casa, com os que nos são mais queridos.
Como não havia conseguido enxergar isto antes?
Graça Hupsel - http://www.ghupsel.blogspot.com/
BREVE MAIS UMA HISTÓRIA DE PIMPILIM E PEDRINHO.INDIQUE O MEU BLOG PARA OS AMIGOS.